A Universidade Federal do Rio de Janeiro, diante das restrições orçamentárias atuais, da urgência em concluir obras inacabadas e da necessidade de novos espaços, desenvolve, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Projeto de Valorização do Patrimônio da UFRJ. O projeto prevê a construção e/ou conclusão de mais de 80 mil metros quadrados de edificações para salas de aula, laboratórios, restaurantes universitários, residência estudantil e um Espaço Cultural Multiuso. Para isso, há duas linhas de trabalho: uma que implica a permuta das unidades do Ventura Corporate Towers e outra que prevê a cessão do Espaço Cultural Multiuso, com o objetivo de incrementar a política de permanência estudantil da Universidade e de fortalecer o vínculo entre a instituição de ensino e a sociedade carioca.
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Construído em 2010, em um terreno que a UFRJ comprou do governo estadual na década de 1970, o prédio foi erguido com a condição de que 17% do espaço seria entregue a Universidade. Os demais pavimentos estariam destinados a uma empresa do ramo imobiliário.
A inclusão das unidades do Edifício Ventura no escopo do projeto se dá pelo fato de serem ativos de elevado valor comercial, porém sem relação com as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade, não possuindo a adequabilidade necessária para as atividades acadêmicas. Assim, a proposta surge como forma de ampliar a fonte de recursos para investimentos, no caso a viabilização de infraestruturas acadêmicas destinadas às atividades citadas.
O projeto prevê a permuta de 11 unidades, cerca de 16 mil metros quadrados, que a instituição detém no Ventura Corporate Towers, prédio comercial no centro da cidade do Rio de Janeiro, pela conclusão de mais de 70 mil metros quadrados em diversas infraestruturas, bem como a construção de novos prédios acadêmicos. Entre eles, estão um restaurante universitário e a residência estudantil, na Cidade Universitária, além de um prédio novo para a Escola de Música.
Desde 2018, o modelo de permuta é discutido com o BNDES, que contratou um consórcio para avaliar o patrimônio imobiliário da UFRJ. O andamento do processo depende de decreto assinado pela Presidência da República, mas já foi autorizado pelo Conselho de Curadores da instituição de ensino.
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O projeto de cessão prevê a construção de um Espaço Cultural Multiuso na Zona Sul carioca, com capacidade mínima para mil e quinhentas pessoas sentadas ou quatro mil em pé, impactando positivamente os setores de hotelaria, turismo, cultura e lazer, com atividades diversas, como música e dança. O espaço cultural pertencerá a Universidade e terá uso compartilhado entre a UFRJ e o concessionário.
Como contrapartida da cessão, é prevista a construção de um restaurante universitário com capacidade de oferecer cerca de 2 mil refeições por dia e de um prédio acadêmico que atenderá em torno de 4 mil pessoas.
Quanto ao antigo Canecão, a ideia é criar o Espaço Ziraldo, com a restauração e preservação do Mural do Canecão, obra do Ziraldo inspirada nos traços de pintores como Pablo Picasso e Cândido Portinari. Já o restante da estrutura está comprometida e deve ser demolida.
Para o projeto de cessão, o planejamento prevê a licitação do imóvel até dezembro de 2022, com conclusão das obras em 2024.
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Em respeito à Lei de Proteção de Dados, em particular para respeitar a privacidade das pessoas, a equipe do BNDES foi orientada a tarjar partes muito específicas dos contratos adiante listados:
– Contrato BNDES−UFRJ Aditivo 01
– Contrato BNDES−UFRJ Aditivo 02
– Contrato BNDES−Consórcio Fator
– Contrato BNDES−Consórcio Fator Aditivo 01
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