Campi da UFRJ

Cidade Universitária

O principal campus da UFRJ, a Cidade Universitária, possui numerosas edificações para abrigar faculdades, bibliotecas, laboratórios, hospital universitário, museus, residência estudantil, restaurantes universitários, além de áreas abertas onde estão campos de futebol, rúgbi, hóquei, pista de atletismo e piscina olímpica. No total, a área compreende de 4.266.095 metros quadrados estabelecidas após aterramentos unirem oito ilhas: Baiacu, Bom Jesus, Cabras, Catalão, Pindaí do Ferreira, Pindaí do França, Sapucaia e Fundão, sendo a última utilizada também para denominar o campus.

Além da universidade, compartilham da mesma área centros de pesquisa e diversas empresas, em terrenos concedidos pela UFRJ. Há ainda na Cidade Universitária uma reserva de 17 hectares de Mata Atlântica que está situada na área da antiga Ilha do Catalão e reúne diversas espécies arbóreas, local de pouso para espécies de aves nativas ou migrantes. Uma edificação remanescente do Brasil colônia, a Igreja do Bom Jesus da Coluna, erguida no início do século XVIII e tombada, em 1964, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), também é encontrada no campus.

Centro de Tecnologia (esq.) e Centro de Ciências da Matemática e da Natureza (dir.) | Foto: Gabriela d’ Araújo

Praia Vermelha

Construído para abrigar o Hospício Pedro II, de 1852, o primeiro hospital especializado no tratamento de doenças mentais no Brasil, o Palácio Universitário é hoje uma das edificações do campus da Praia Vermelha. Foi a primeira sede da UFRJ no local que hoje abriga as seguintes unidades: Fórum de Ciência e Cultura, Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ, Unidades do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas e do Centro de Filosofia e Ciências Humanas.

Palácio Universitário visto de cima | Foto de Vstrabelli – Obra do próprio, CC BY-SA 4.0,

Duque de Caxias

O Polo Xerém-UFRJ foi criado em 2008, através de uma articulação envolvendo instituições federais (UFRJ e o Inmetro), o Governo do Estado do Rio de Janeiro e o município de Duque de Caxias.  Naquela ocasião, o Inmetro cedeu um terreno de 38.000 metros quadrados à UFRJ, a prefeitura de Duque de Caxias se comprometeu em construir um prédio didático neste terreno, enquanto um prédio de Pesquisa seria construído com recursos da UFRJ, Finep e Faperj. A prefeitura também disponibilizou um espaço com 6 salas de aula de alvenaria e uma secretaria no Complexo Tamoio (Estrada de Xerém, nº 27) para possibilitar o início das atividades do Polo Xerém-UFRJ, antes do término das obras.

No ano de 2013 se cogitou a transferência para uma nova sede com 144.000 metros quadrados, às margens da BR-040, em Santa da Cruz da Serra. Esta área, com 4 prédios construídos com recursos da Petrobrás, foi inicialmente planejada para abrigar um centro esportivo, uma creche e uma escola de ensino fundamental do município de Duque de Caxias. Em 15 de dezembro de 2014, a UFRJ e a prefeitura de Duque de Caxias assinaram o termo de cessão do terreno em Santa Cruz da Serra. Enquanto isso, no Complexo Tamoio, tem início a instalação de um biotério para animais de pequeno porte (camundongos) nos módulos habitacionais, com recursos provenientes de um projeto aprovado pela Faperj. O campus recebeu o nome de campus Duque de Caxias Professor Geraldo Cidade, em homenagem ao primeiro coordenador do local, morto em 2015.

Campus de Xerém. Foto de Diogo Vasconcellos.

Macaé

Na década de 1980, pesquisadores do Laboratório de Limnologia do Instituto de Biologia da UFRJ começaram atividades científicas nas lagoas costeiras de Macaé. Este trabalho culminou na institucionalização do Núcleo de Pesquisas em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental (2005). Propiciou-se, com isto, a criação do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, o primeiro curso de graduação da UFRJ fora da sede no Rio de Janeiro (2006). Neste processo, o Instituto de Química, a Faculdade de Farmácia, a Escola de Enfermagem Anna Nery, a Faculdade de Medicina, o Instituto de Nutrição e a Politécnica de Engenharia motivaram-se a criar cursos de graduação em Macaé, consolidando o Polo Universitário da UFRJ-Macaé. Em 2008, o Conselho Universitário aprovou a institucionalização do Campus UFRJ-Macaé com suas Normas e, em novembro, teve-se a primeira consulta à comunidade acadêmica para a escolha da Direção do Campus.

O Campus UFRJ-Macaé totaliza onze cursos de graduação e três cursos de pós-graduação stricto sensu em nível de mestrado, e está constituído fisicamente em três polos: Universitário, Barreto e Ajuda.

Campus de Macaé. Foto de Diogo Vasconcellos

Unidades não vinculadas aos campi e outros locais

Colégio de Aplicação

Em setenta anos de existência, o Colégio de Aplicação da UFRJ consolidou seu espaço no cenário educacional do nosso estado como uma instituição comprometida com a formação de cidadãos críticos, capazes de assumir seu papel na sociedade em que estão inseridos, destacando como construímos nossa identidade a partir da defesa dos princípios de autonomia pedagógica e da permanente experimentação de metodologias e estratégias de ensino, em consonância com a função primeira do Colégio, a de se constituir no espaço preferencial, no âmbito da Universidade, para a formação dos alunos dos cursos de Licenciatura.

Escola de Música

A edificação principal do prédio que abriga a Escola de Música da UFRJ foi adquirida, em 1855, pelo Governo Imperial, para receber o acervo da Biblioteca Nacional. Em 1910, após a mudança da Biblioteca para a Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco, o prédio atual foi construído e, junto com a Rua do Passeio, é considerado Patrimônio Histórico Municipal. Destaque para o Salão Leopoldo Miguez entre os motivos estão a decoração interna, o grande órgão Tamburini (localizado ao fundo do palco) e a excelente acústica.

Faculdade de Direito

Construído no início do século XIX, o solar foi residência do último vice-rei do Brasil, Conde dos Arcos. Após a Independência, foi comprado pelo Governo e reformado para sediar o Senado Imperial, testemunhando importantes episódios da história nacional, como, por exemplo, a assinatura da Lei Áurea, em 1888.

Em 1889, com a Proclamação da República, o edifício sofreu novas obras de ampliação, tornando-se sede do Senado Republicano até dezembro de 1924, quando este se transferiu para o Palácio Monroe, na Avenida Rio Branco.

De 1926 a 1937, foi ocupado por repartições federais, como o Departamento Nacional de Educação do Ministério da Educação e Saúde. A partir de 1938, passou a abrigar a antiga Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, atual Faculdade de Direito da UFRJ.

A Faculdade de Direito da UFRJ já abrigou o Senado Federal | Foto de Halley Pacheco de Oliveira, CC BY-SA 3.0

Instituto de História

Criado em dezembro de 2010, a partir da extinção do antigo Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS). Desde então, o IH-UFRJ usufrui de autonomia institucional, integrando-se como Unidade Universitária independente ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), nos termos do Art. 51 do Estatuto da UFRJ. Sua criação significou bem mais que uma alteração estatutária ou administrativa. Desde o seu nascedouro, a existência do IH-UFRJ tem sido expressão de um esforço comum, que respondeu às demandas acadêmico-pedagógicas renovadoras, alimentadas tanto por fortes expectativas educacionais da sociedade brasileira face à Universidade pública e gratuita — esperanças socialmente inclusivas e democráticas — quanto também pelas profundas mudanças intelectuais, que nos últimos decênios transformaram o campo disciplinar da História, seus paradigmas cognitivos e protocolos de investigação, alargando as fronteiras dos estudos históricos e também o campo de atuação profissional dos historiadores.

Maternidade Escola

A Maternidade Escola da UFRJ foi fundada em 18 de janeiro de 1904 com o nome de Maternidade do Rio de Janeiro e sua finalidade principal era a de assistir às gestantes e às crianças recém-nascidas das classes menos favorecidas do nosso estado. Sua importância no ensino da Obstetrícia, no Brasil, foi base para a formação dos cursos de pós-graduação em níveis de mestrado e de doutorado. Atualmente, a Maternidade-Escola oferece assistência a gestantes e a recém-nascidos de alto risco. Dispõe de ambulatórios/pré-natal de baixo e alto risco, planejamento familiar, genética pré-natal, medicina fetal (com os mais modernos procedimentos propedêuticos e terapêuticos nesta área) e de follow-up para recém-nascidos prematuros, como, também, presta assistência e incentivo ao aleitamento materno, funcionando em regime interdisciplinar.

Observatório do Valongo

O Observatório do Valongo (OV) foi fundado em 5/7/1881, por Manuel Pereira Reis, no Morro do Santo Antônio, no Centro do Rio de Janeiro, com o nome de Observatório Astronômico da Escola Politécnica. Sua criação foi norteada por necessidades didáticas, com a função principal de prover as aulas práticas de Astronomia e Geodésia dos alunos da Escola Politécnica e aos aspirantes da Escola da Marinha, que veio a ser a principal característica do observatório, mesmo após sua transferência para o Morro da Conceição, na década de 1920. Em sua nova localização, foi nomeado, inicialmente, como Observatório do Morro do Valongo, pois no terreno para onde foi transferido, havia a Chácara do Valongo. Em 1958, 3 astrônomos do Observatório Nacional transferem-se para o OV, e criam então o curso de graduação em Astronomia da Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), que, em 1967, foi incorporado à UFRJ como órgão suplementar do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) e, a partir de 2002, ganhou status de unidade da UFRJ. Desde 2003, o OV abriga também o Programa de Pós-Graduação em Astronomia (mestrado e doutorado) da UFRJ.

Colégio Brasileiro de Altos Estudos

O Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, está instalado nas dependências da antiga Casa do Estudante Universitário, que inicialmente foi o Hotel Sete de Setembro (1922), no bairro do Flamengo, Hoje, propõe-se a ser um centro de excelência da Universidade, de caráter interdisciplinar, atuando como órgão de cooperação interna e externa, promovendo o conhecimento nacional, difundindo experiências internacionais e destacando o uso social do conhecimento. Como órgão do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, pretende organizar conferências, seminários, atividades artísticas, entre outros eventos abertos ao público.

Escola de Enfermagem Ana Nery

O Pavilhão de Aulas da Escola de Enfermagem Anna Nery foi inaugurado em 1927, com o apoio financeiro da Fundação Rockefeller, a fim de iniciar o ensino de enfermagem de caráter técnico superior no Brasil. Incorporada à Universidade do Brasil, em dezembro de 1945, a Escola de Enfermagem Anna Nery teve a sua propriedade transferida para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1977.

Estação Biológica de Santa Lúcia

A Estação Biológica de Santa Lúcia é uma área de 440 hectares, localizada no município de Santa Teresa, Espirito Santo. Esta reserva pertence ao Museu de Biologia Professor Mello Leitão, à Universidade Federal do Rio de Janeiro e à Sociedade de Amigos do Museu Nacional. A reserva possui diversos projetos de pesquisa em andamento nas áreas de biologia e antropologia. O Museu foi fundado por Augusto Ruschi, considerado o patrono da ecologia brasileira, tendo sido sepultado na Reserva Biológica.

Hospital Escola São Francisco de Assis

A inauguração do prédio do Hospital Escola São Francisco de Assis (Hesfa) ocorreu em 1879, quando funcionava como asilo de mendigos. Em 1922, foi transformado no Hospital-Geral São Francisco de Assis, sendo incorporado ao patrimônio da União, em 1939, e transferido à Universidade do Brasil, atual UFRJ, como Hospital Escola São Francisco de Assis. Em 1978, foi desativado, mas, por motivo de calamidade pública causada por enchentes na cidade, foi reativado em 1988.

Instituto de Filosofia e Ciências Sociais

Projetado para ser a Sé do Rio de Janeiro, o prédio, que começou a ser construído em meados do século XVIII, foi adaptado para receber a Academia Real Militar, em 1812, onde teve início o ensino de engenharia no Brasil. Após a transferência da Escola Politécnica para a Cidade Universitária, a edificação do Largo de São Francisco passou a abrigar, em 1969, o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs), criado em 1967.

Museu Nacional

O casarão original data do século XVII, sede da fazenda jesuítica de São Cristóvão para criação de gado. Com a extinção da Ordem no Brasil, em 1759, a propriedade foi segmentada em várias fazendas e leiloada. A edificação passou por sucessivas reformas, como a ampliação feita por D. Pedro II a partir de 1850. Lá ele viveu por longo período, tornando o edifício testemunha de diversos momentos importantes na história do Brasil. Com a República, foi adaptado para as reuniões do Congresso Constituinte e, em 1892, passou a abrigar o Museu Nacional. Em 1946, incorporou-se à Universidade do Brasil, atual UFRJ.

Polo Casa da Pedra

O Polo Casa da Pedra é uma edificação localizada em Santana do Cariri, Ceará, que faz parte do Instituto de Geociências (Igeo). Foi inaugurando em 2016 e tem por objetivo servir como apoio e alojamento para estudantes e pesquisadores do Igeo, possibilitando a consolidação de um programa de “educação pela pedra” onde os alunos da UFRJ possam vivenciar e conhecer um novo ambiente, distinto de sua realidade, em uma região que é um sítio de importância mundial para essa área de conhecimento. É resultado de uma parceira da UFRJ com a Prefeitura do município e, portanto, é também um local de apoio e alojamento para a cidade.